quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

E adianta?

De que adianta um belo corpo e uma cabeça de merda?
De que adianta horas na academia e momento algum frente aos livros?
De que adianta contar as calorias no seu valor nutricional e não saber o seu sentido na física?
As vezes eu entendo porque as pessoas se preocupam mais com a estética do que com a inteligência. As outras preferem ver do que pensar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Você quer?

-Você quer? Aquilo me fez despertar de uma linha de pensamento que até então corria rapidamente por tudo que eu pudesse lembrar a respeito da falta de companhia para o jantar da firma hoje à noite. Quem era ela? O que a fazia me oferecer qualquer coisa sem nem ao menos me conhecer? E por que ela tinha aquele sorriso meigo e o olhar inocente? Não sei. Só sei que me encantei de verdade. Sempre achei que essas coisas de amor à primeira vista era coisa de filme ou de adolescente alienado. E aqui estou eu. Encantado. E isso apenas com duas palavras. Duas palavras, um sorriso lindo e um olhar doce. Não consegui responder.
-Moço? São amoras. Você quer? Outra vez ela cortou meus pensamentos, dessa vez a seu respeito.
-Ah, muito obrigado.
-Qual o seu nome?
-O que?
-Seu nome, pra eu não ficar te chamando de moço.
-Ah, Isaac
-Geovana. Mas pode me chamar de Geo.
-Ah, oi, Geo.
-Minha mãe sempre me ensinou a ser simpática com todos, por favor, não me olhe estranho.
TODO MUNDO? E eu achando que era só comigo. Mas agora eu já sei seu nome. E que ela frequenta o mesmo café que eu. Não o café da moda, grande e iluminado artificialmente. Um café vintage com mesas e cadeiras de madeira forradas com toalhas de piquenique, louça branca e uma sensação de lar. Ela deve gostar disso, sei porque todo dia quando venho ela está, sempre a vi mas nunca reparei realmente nela. Hoje o café estava lotado e permiti que ela se sentasse à mesa comigo. Não sei se foi sorte, mas justamente hoje sentei em uma mesa que só tinha lugar para duas pessoas. E ela foi quem chegou e sentou ali. Ali na minha frente para me oferecer amoras. Amoras. Pedi licença, fui ao bar para pedir um café, já que estava cheio o garçom, eu acho, iria querer uma 'ajudinha', meu cérebro também precisava dela. Pedi meu café e enquanto esperava eu conversava com a atendente. Acabei por descobri que a Geovana é do tipo menina tímida que não conversa com ninguém, a não ser que precise de ajuda e que se encante pela pessoa em questão. Meu mundo girou. Não esperei o café e voltei pra mesa com medo que ela fosse embora. Mas não, ela estava lá, com o mesmo sorriso e o mesmo brilho nos olhos. Sentei, tomei coragem e comecei.
-Está tudo bem com você?
-Ér.. não muito. Dá pra ver assim?
-Não muito.
Ela sorriu sem graça e abaixou um pouco os olhos. O brilho permaneceu, mas agora seu olhar era longo e perdido. Perguntei e ela me respondeu que eram os pais dela que estavam se separando, ela ainda morava na casa dos pais e não queria ter que se dividir entre eles como se faz com criança pequena, e não conseguia um emprego, tinha acabado de se formar em bioquímica. Conversamos a respeito e decidi que ia levá-la para conhecer um amigo meu que é do ramo. Ela concordou, mas se apressou em dizer que era por causa do emprego e agradecia muito pelo apoio que eu tinha lhe dado. Conversamos mais um pouco, casualmente, e ela teve que ir. Aquele era o momento que eu temia. Ela me agradara e eu não queria que partisse. Ela se levantou, me deu um beijo na testa e saiu. Segurei sua mão, assim que ela se virou me lançou um olhar assustado e eu, não sei de onde, tirei coragem para perguntar.
-Vamos nos ver de novo? Para conversarmos a respeito de nossas vidas pessoais?
-Claro, depois do encontro com seu amigo nós podemos vir aqui.
-E só?
-Bom - ela ruboreceu- a gente se vê.
-Hoje à noite às 21hrs no salão da Catedral.
-Como?
-Vá. Eu te peço.
Ela sorriu e continuou andando. Passei o resto do dia imaginando que ela não iria. Ficaria sozinho, de novo, na festa de final de ano, que serve mais como um encontro de casais, onde todos que trabalham no escritório são obrigados a comparecer. Às 19:30 eu já estava pronto e inquieto. Tentava ler, não conseguia. Tentava cochilar, não conseguia. Resolvi sair, mas não para o lugar onde eu ia habitualmente, claro. Saí vagando pelas ruas da cidade pensando naquela linda moça que conheci, será que ela vai? E assim segui pensando e fui para  o salão. Cheguei às 21:10. Estou atrasado. E se ela veio, não me viu e se foi? Resolvi perguntar, por via das dúvidas. Não, ela não tinha ido. Que alívio, por enquanto. Desiludido, meia hora depois, eu fui me sentar com os colegas, agora desacompanhados. Com o pensamento longe, mas prestando atenção pois não queria ouvir chacotas a respeito de seu ar pensativo. Quando de repente sinto uma mão leve e macia em meu ombro e vejo as faces assustadas de meus amigos. Hesito um pouco e ao me virar eu a vejo. É ela, ela veio. Ela veio me ver, veio porque eu pedi. Minha Geovana. minha Geo. Ela sorri e com duas taças de champagne na mão pergunta: 
-Você quer, Isaac?

domingo, 26 de dezembro de 2010

Tempo.

O tempo passa ligeiro. Parece que todas as vezes que eu pensava "Faço depois, tenho tempo agora" foram em vão.
Sinto que cada minuto que eu passo 'morgando' é uma possivel oportunidade de sucesso escorrendo pelas minhas mãos.
Parece que foi ontem que eu cheguei em casa correndo, com a minha lancheira em mãos, gritando "Mãe, aprendi matemática com a pró".
E hoje estou a um ano de concluir o colegial, aprendendo a cronometrar as horas de sono, tentando segurar o tempo para parar de crescer. Dando tempo ao tempo e tentando entender: Por que o tempo não me dá um tempo também?

sábado, 25 de dezembro de 2010

Melancolia


 Significado de Melancolia

s.f. Tristeza vaga, indefinida: atingiu-o a melancolia da tarde.
Estado de depressão intensa, traduzindo sentimento de dor moral e caracterizado pela inibição das funções motoras e psicomotoras.
 Definição de Melancolia
Classe gramatical de melancolia: Substantivo feminino
Separação das sílabas de melancolia: me-lan-co-li-a
Plural de melancolia: melancolias
Possui 10 letras

Possui as vogais: a e i o
Possui as consoantes: c l m n
Melancolia escrita ao contrário: ailocnalem
 Sinônimos de Melancolia
Melancolia: abatimento, desanimo, esmorecimento, languidez, misantropia, prostração e tristeza
Citação com melancolia
"Maneira romântica de ficar triste."
  -Mário Quintana

"Como é bom ver a família reunida para o jantar."

Família reunida? Jantar? Natal? Presentes? Quanto tempo faz que eu não sei o que é isso. Quando a família tá junta é pra brigar. Esse ano eu não tive natal, nem ceia. Quem dirá presentes.
Tenho saudades da minha infância, de quando juntava toda a galerinha da rua pra brincar e quando começava a entardecer as mães gritavam pra gente se banhar e ficar arrumadinho esperando dar meia-noite pra ceiar e poder abrir os presentes. Eu sempre dormia no sofá assistindo alguma coisa na televisão e só era acordada na hora de comer, mas eu nunca comia, ia logo ver o que eu tinha ganhado. O que a mamãe, a vovó e o vovô me deram. Infelizmente meus irmãos mais velhos acabaram com a minha ilusão infantil de que existia papai noel antes de eu saber o que ele era. Mas eu nunca me incomodei. Eu achava que sempre ia ter o meu presente embaixo da árvore e que eu ia poder pular a ceia pra brincar com o que achavam que eu ia gostar de ganhar como presente.
Mas hoje em dia eu vejo, ok, tem mais de 2 anos, que eu parei de ganhar presentes, de ficar feliz na ceia, de gostar da família toda junta, de me divertir perto deles, de me sentir bem ao lado da minha própria família. As vezes concordo quando eles dizem que o problema é comigo. Todo mundo vai, todo mundo se diverte, todo mundo gosta. Menos eu, E agora a minha mãe não vai mais. Ela nunca gostou das brigas, mas ela sabe que é família e ela tem que estar perto, ela sempre gostou de estar lá perto, junto deles todos, mas ela quase nunca pode ir, por causa do trabalho.
Mas eu não gosto e não quero ir. E porque ninguém entende isso? Quando eu vou eu ouço um monte de coisas por ter ido, se eu não vou ouço por não ter ido. QUAL É? quem é que aguenta isso? Mas quando eu passar no vestibular.. LÁ LONGE eu não voltarei nunca, nem pro natal. Aliás, o que é Natal?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Bailar


Em breves e leves movimentos
A elevação de seus pés
Longe de um possível revés
E da perseguição de olhos atentos.
Um salto, um deslize, um rodopio
E a simpatia que nos ilumina
Na escuridão de um palco vazio
Baila a delicada bailarina.

Distância

Distância. - 2010 (João Legume)
Não posso tocar-te e para isso peço que sintas meu amor a qualquer movimento da natureza, pois ela é amiga dos que amam; entenda meu afeto pelo vento que sopra, pela flor que um perfume exala e até mesmo no tilintar das asas de uma borboleta.
O amor não existiria para duas pessoas distantes caso não pudesse realmente acontecer. O universo conspira a favor dos que acreditam. Acredito, então, que admiramos o horizonte e as estrelas pois além de belos são impossíveis. Por isso o amor não foi feito para ser admirado e sim sentido.
Um dia você lerá isso e pensará "Ela já havia me dito isso. Em um olhar."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que eu quero ser quando crescer? Uma árvore.

Árvores ficam só e não sofrem por isso. Árvores não são carentes. Árvores não amam, mas são amadas. Árvores não tem medo de ficar só. Árvores são lindas e não precisam ligar tanto pra estética. Mas isso não quer dizer que elas não precisem de cuidado, carinho, amor. As árvores não destroem o mundo, pelo contrário, elas liberam oxigênio para os seres vivos, que não plantas, viverem. E daqui que eu cresça o tanto que é preciso, não haverão mais árvores, porque do jeito que anda daqui a uns 20, 30 anos as coisas serão feitas por chips, concreto. E o que serão árvores? Bom, estarei lá para vocês mostrarem para seus filhos e eles para seus netos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

o primeiro...


Um falso sentimento é com uma onda no mar.
No início aparenta ser forte, mas ao chegar perto da areia se desfaz.
E nesse vai e vem eterno, a esperança de que chegue uma tsunami de emoção.