sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Ai de mim
Há muito seus olhos me tentavam.
Seu sorriso a meia boca e suas mãos ao prender aquelas rebeldes mechas que insistiam em cair do penteado, faziam parte do grande espetáculo que era você.
Ai de mim, pobre espectador que fico a olhar-te, ouvir-te e, cada vez mais, desejar-te.
Ai de mim, aqui, tão longe de ti. Em realidades tão próximas mas, mundos tão distantes.
Chego a sentir esse teu hálito doce e a ouvir os mais diferentes sons da tua respiração, encontro uma brecha para me aproximar então mas, te chamam, te apertam e te amam.
Ai de mim, eis-me aqui a te esperar.
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